Atividade 1:
Leia os relatos abaixo e em seguida responda as questões:
Relato 1) Os primeiros dias de setembro foram muito quentes. Os jornais noticiavam que homens e cavalos caiam mortos nos campos de produção agrícola. Ainda assim a temperatura nunca passava de 29°C durante a parte mais quente do dia. Qual era então a situação das pobre crianças que estavam condenadas a trabalhar quatorze horas por dia, em uma temperatura média de 28°C? Pode algum homem, com um coração em seu peito, e uma língua em sua boca, não se habilitar a amaldiçoar um sistema que produz tamanha escravidão e crueldade?
(William Cobbett fez um artigo sobre uma visita a uma fábrica de tecidos feita em setembro de 1824)
Relato 2) Pergunta: Os acidentes acontecem mais no período final do dia?
Resposta: Eu tenho conhecimento de mais acidentes no início do dia do que no final. Eu fui, inclusive, testemunha de um deles. Uma criança estava trabalhando a lã, isso é, preparando a lã para a maquina; Mas a alça o prendeu, como ele foi pego de surpresa, acabou sendo levado para dentro do mecanismo; e nós encontramos de seus membros em um lugar, outro acolá, e ele foi cortado em pedaços; todo o seu corpo foi mandado para dentro e foi totalmente mutilado.
(John Allett começou a trabalhar numa fábrica de tecidos quando tinha apenas quatorze anos. Foi convocado a dar um depoimento ao parlamento britânico sobre as condições de trabalho nas fábricas aos 53 anos)
Relato 3) Nosso período regular de trabalho ia das cinco da manhã até as nove ou dez da noite. No sábado, até as onze, às vezes meia-noite, e então éramos mandados para a limpeza das máquinas no domingo. Não havia tempo disponível para o café da manhã e não se podia sentar para o jantar ou qualquer tempo disponível para o chá da tarde. Nós íamos para o moinho às cinco da manhã e trabalhávamos até as oito ou nove horas quando vinha o nosso café, que consistia de flocos de aveia com água, acompanhado de cebolas e bolo de aveia tudo amontoado em duas vasilhas. Acompanhando o bolo de aveia vinha o leite. Bebíamos e comíamos com as mãos e depois voltávamos para o trabalho sem que pudéssemos nem ao menos nos sentar para a refeição.
(O jornal Ashton Chronicle entrevistou John Birley em maio de 1849)
Relato 4) Quando eu tinha sete anos de idade fui trabalhar na fábrica do Sr. Marshall em Shrewsbury. Se uma criança se mostrasse sonolenta o responsável pelo turno a chamava e dizia, “venha aqui”. Num canto da sala havia uma cisterna de ferro cheia de água. Ele pegava a criança pelas pernas e a mergulhava na cisterna para depois manda-la de volta ao trabalho.
(Jonathan Downe foi entrevistado por um representante do parlamento britânico em junho de 1832)
Relato 5) Perante uma comissão do Parlamento em 1816, o Sr. John Moss, antigo capataz de aprendizes numa fábrica de tecidos de algodão, prestou o seguinte depoimento sobre as crianças obrigadas ao trabalho fabril:
- Eram aprendizes órfãos? - Todos eram aprendizes órfãos.
- E com que idade eles eram admitidos? - Os que vinham de Londres tinham entre 7 e 11 anos. Os que vinham de Liverpool tinham de 8 a 15 anos.
- Até que idade eram aprendizes? - Até os 21 anos.
- Qual o horário de trabalho? - De 5 da manhã até às 8 da noite.
- Quinze horas diárias, era um horário normal? - Sim.
- Quando as fábricas paravam para reparos ou falta de algodão, tinham as crianças, posteriormente, de trabalhar mais para recuperar o tempo parado? - Sim.
-As crianças ficavam de pé ou sentadas para trabalhar? - De pé.
-Durante todo o tempo? - Sim.
- Havia cadeiras na fábrica? - Não. Encontrei com frequência crianças pelo chão, muito depois da hora em que deveriam estar dormindo.
- Havia acidentes nas máquinas com as crianças? - Muito frequentemente.
Citado em Huberman, Leo. História da Riqueza do Homem. 18 ed.Rio de Janeiro: Zahar, 1982.
Questões:
1) Transcreva um trecho em que aparecem condições ruins de trabalho:
2) Transcreva um trecho em que aparece a exploração infantil:
3) Transcreva um trecho em que aparecem os acidentes de trabalho:
4) Transcreva um trecho em que aparece a grande exploração do trabalho:
Atividade 2:
Atividade 3:
Atividade 4:
Atividade 5:
Atividade 6:
Atividade 7:
Atividade 8:
Atividade 9:
Atividade 10:
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